Rupestre, 2017 — 2017
instalação (painél com pintura automotiva, pintura nas paredes e piso, tecido, arames, telefone celular com vídeo, som de Carlos Issa
O desenho e a geometria permitem a Marcius Galan refletir sobre a conformação burocrática dos espaços e enunciar possibilidades subversivas de seu uso. O artista costuma ser conciso no uso de materiais, cujas funções originais contribuem para determinar forma e conteúdo das obras. Assunto e execução têm sintonia fina. De tão preciso, o resultado de seu pensamento plástico muitas vezes aponta para falhas de mecanismos aparentemente perfeitos.
Para encontrar o que há por trás de uma primeira camada ilusória de ordem, o artista convoca um espectador engajado, que desbrave com atenção outros ângulos, desconfiando, dessa maneira, daquilo que se reconhece como funcional e cotidiano. O gesto inicial deste projeto para Frestas foi manter visíveis algumas características arquitetônicas deste local de exibição da obra, o estacionamento do Sesc Sorocaba.